Aquilo de que não se pode falar

Baseado no livro “Vaca de Nariz Sutil”, escrito por Campos Carvalho, “Aquilo De Que Não Se Pode Falar” parte da premissa de fazer coexistir, em um mesmo processo de criação, duas línguas e culturas que pouco conversam entre si: LIBRAS e o Português. A peça-filme é interpretada por um ator surdo, cuja língua materna é a LIBRAS e um ator ouvinte, que tem o português como matriz. Ao gerar duas linhas narrativas que se desdobram mutuamente, a dramaturgia se desenvolve sem hierarquia linguística e abre diversas leituras. "Aquilo de que não se pode falar" é um retrato contundente da devastação subjetiva operada pela guerra, além de um convite à reflexão sobre os perigos presentes no discurso e no militarismo em âmbito local e global.

A obra narra o regresso de um soldado que, em campo de batalha, é diagnosticado com esquizofrenia e afastado de suas funções. Ele chega na cidade e aluga uma vaga num quarto de pensão próximo ao cemitério, ao entrar no recinto, depara-se com um desconhecido, um homem surdo com quem vai dividir o quarto. Foi criada uma dramaturgia surda em um processo de transcriação, compartilhado entre o dramaturgo Diogo Liberano, o ator Marcelo William e os intérpretes de LIBRAS Jhonatas Narciso e Lorraine Mayer. A partir daí absorveu-se, na tessitura dramatúrgica, todo um novo campo de percepção.

Idealização: Filipe Codeço e Vinicius Arneiro

Direção: Vinicius Arneiro

Dramaturgia: Diogo Liberano

Elenco: Filipe Codeço, Marcelo William da Silva e Jhonatas Narciso

Tradução e Interpretação LIBRAS/Português: Jhonatas Narciso e Lorraine Mayer

Direção Musical: Felipe Storino

Cenografia: Julia Decache

Iluminação: Bernardo Lorga

Figurinos: Ticiana Passos

Direção de fotografia: Andrea Capella

Edição: Lucas Domires

Som direto: Bruno Espírito Santo

Produção: Roda Produtiva

Programador Visual: Pablito Kucarz

Gestão de Mídias Sociais: Manuela Calmon

Assessoria de Imprensa: Alessandra Costa

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